domingo, 9 de outubro de 2016

O Lado de Lah do Coração Partido



Sim. Mais uma vez, a vida esfrega na minha cara que ela não para.

Não importa se você teve aquele semaninha marota em que sua gatinha foi envenenada e teve que ser furada, sedada, internada, um amigo muito querido foi, de repente, morar no céu com os anjinhos, teve que correr atrás de 947 documentos e enfrentar horas no cartório pra autenticar tudo e entregar na universidade pra inscrição no mestrado (isso sem falar nos 948 quilos de texto que você tem que estudar pra prova) e, pra encerrar com chave de ouro, ainda tem um coração partido.

Não linda, nada vai parar pra você sofrer até a morte e voltar à normalidade quando, finalmente, se sentir bem. O que pode bem acontecer daqui a meia hora ou, tipo, daqui a vinte anos. Vai saber, né?

Mas sabe de uma coisa? Mereço, pelo menos, uma versão pocket.

Sim. Só por hoje. Tô nem aí. Eu vou chorar, vou sentir aquela dor que te tira o ar, como uma bolada que você leva no peito sem esperar, vou esquecer a dieta e comer gordura saturada sem me importar com o amanhã ou com aquela calça jeans número 36, vou ter a certeza de que nunca vou encontrar alguém com quem eu possa dividir todo o amor que uma canceriana consegue guardar dentro de si, vou achar que acabarei meus dias em um apartamento cuidando de 11 gatos.

E amanhã? Amanhã, não.

Amanhã, nós voltaremos à dieta e faremos exercícios físicos, porque foi bem difícil voltar a vestir tamanho 36, depois de oito anos. Amanhã, nós ouviremos música alta e cantaremos fora do ritmo, de preferência, em um idioma que não dominamos, porque, a cada vez que erramos a pronúncia, uma risada explode dentro da gente.

Amanhã, tem muita coisa pra estudar, porque não adianta ser apenas um corpinho bonito, gata. Aqui tem que ter conteúdo.

Amanhã, temos trabalho a fazer, porque o cliente não é obrigado a aguentar a sua dor de cotovelo.

Amanhã, eu tenho um quarto que está parecendo um circo e precisa parecer com um quarto novamente.

Amanhã, vai chegar a fatura do cartão de crédito e você tem que se preparar pra não infartar, ao ver quanto você vai ter que pagar pra não ter o nome no SERASA.

Amanhã, depois, depois, depois e depois, você tá muito ocupada pra sofrer por quem não te merece. Mesmo que seja naquele tempinho em que você hidrata o cabelo, ele será melhor aproveitado fazendo uma esfoliação na pele. Fica a dica.

Ah... Pensando bem. Vou deixar essa porra pra amanhã, não.

Cadê o durex que eu comprei na semana passada?

Aqui! Achei!

Um pedaço aqui, outro ali... Pronto! 

É... Num ficou lá essas coisas, não. Mas o que importa? Só quem vai ver, sou eu.


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Amor engarrafado



Será que é porque eu li romances demais durante toda a minha vida? Será culpa daqueles suspiros involuntários que eu dava a cada cinco minutos, cada vez que eu lia mais uma página dos livros de amor? Será que foi excesso de poesia? Será que foi...

O signo!

Hoje em dia, tudo é culpa do signo. Vamos continuar nessa linha de raciocínio, não quero contrariar.

Canceriana, romântica, envolta eternamente em uma nuvem cor de rosa (mesmo que de uns tempos pra cá, essa nuvem tenha recebido um pouco de cinza, um pouco de preto, mas o rosa sempre vence. Odeio essa cor.), achando que um dia, ah, um dia vai dar certo.

Sei não... Sei mais de nada.

A única coisa que eu sei é que não quero mais isso.

Não quero prender meus sentimentos dentro de mim. Não quero ter que escolher cuidadosamente as palavras pra não te assustar. Não quero ter medo de que você não ligue, não me procure, não goste de mim de verdade. Não quero ter medo. Ponto.

Eu sou um espírito livre. O meu sorriso é livre, a minha alegria é livre, o meu amor é livre (seja da forma que for: mais brando, mais intenso, mais louco, mais confuso), o meu sentir é livre.

Intensidade é meu sobrenome, viver e sentir só serve se for pra valer. Esse negócio de ficar se escondendo atrás do que deu errado, do que não aconteceu, do que não vingou, do que não amou... Não, esta definitivamente não sou eu.

Medo da dor, quem não tem? Mas a dor também faz parte da vida. Vida. Já viram palavra mais... cheia de tudo?

É isso que eu quero: TUDO.

Não mereço pedaços, migalhas, sobras, tiquinhos. Eu mereço tudo, o pacote completo, com todos os opcionais, os de segurança principalmente.

É... meio louco, né? Eu sei. Mas é aquela história... Eu morro de medo de altura, mas quero andar na beirinha do precipício só pela emoção.

Se você não quer vencer o seu medo de altura, sinto muito darling, seu lugar não é aqui. Tá com medo? Fique com ele aí pra você. Aqui o bagulho é "loko"!

Amor, tá tendo.

Alegria, tá tendo.

Sorrisos bobos, tá tendo.

Beleza, sim, tá tendo. Principalmente a que vem de dentro.

Inteligência, tá tendo.

E é por essa última que não vou deixar mais ninguém me impedir de sentir, de viver, de amar, de sofrer, só porque tem medo.

Aqui não é lugar de medinho.

Aqui é lugar só de quem AMA.

Vlw

Flw

É isso aí.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Maria la del barrio soy



Miagente

Miagente

Miagente...

Tá.

Parei.

Tô pensando seriamente em fazer aquele negócio de regressão pra saber das minhas vidas passadas. Porque só voltando as minhas reencarnações pra saber porque diabo eu só pego caras com desgraçamento de cabeça.

Doido. Tá pra nascer em cima dessa terra, alguém que atraia mais homem problemático do que eu, euzinha aqui. (Tá. Rolou um leve drama and exagero, mas quem aqui não é Maria do Bairro de vez em quando?)

Qual a dificuldade de eu encontrar um cara que tenha a vida e os sentimentos resolvidos? Qual a dificuldade de eu encontrar um cara que queira realmente ficar comigo, que não queira descontar em mim o que outra gata fez de ruim com ele, que não tenha resquícios de amor mal resolvido pela ex, que não seja apaixonado platonicamente por outra pessoa? Que, enfim, só queira uma garota legal pra namorar e tals? (essa garota, no caso, sou eu, só no caso, pra quem tiver dúvida, tá?)

Porque, olha...

Eu tô com a porra do saco cheio. E eu NEM TENHO UM SACO, avalie se eu tivesse um. 

Esse tipo de bomba chega até mim, disfarçadamente, fantasiado de gente boa, vai conquistando meu coraçãozinho, como quem não quer nada... Aí, pah!!! Joga os problemas emocionais TODOS em cima mim.

É um jogo comigo, Brasil? Tá de brinks com a minha cara a essa altura da minha vida?

Eu não sou psicóloga. Eu sou Jornalista e Relações Públicas e isso não me dá habilitação pra receber os traumas de ninguém. Eu já tenho os meus. São muitos. Tô satisfeita já, com esse negócio aqui.

O fato é que, esse negócio de namorar tá cada vez mais difícil. E eu tô falando é do processo mesmo... Essa parte em que você conhece a pessoa, não sabe se quer sair com a pessoa, não sabe se quer ficar com a pessoa... Aí você sai com a pessoa, fica com a pessoa, gosta da pessoa. Aí a pessoa te leva pra conhecer a família, te convida pro casamento do irmão que vai ser daqui a seis meses, diz que gosta de você e tals, que você é especial e tals... Aí, do caralho do NADA, a pessoa vem com um... "vamos com calma", "estou me sentindo pressionado", "vamos dar um tempo" e, a melhor de todas "minha ex me ligou".

Meu lindo...

Pra você eu canto essa belíssima música da Clarice Falcão...

"Eu quero ver você
Numa piscina de óleo fervendo
Pedindo socorro
E eu te oferecendo uma dose de rum
Pra você se esquentar

Eu quero ver você
Numa piscina de óleo fervendo
Gritando que já está quase morrendo
Desculpe, meu bem
Mas eu não sei nadar"


Sei não, hein... Acho que, quando eu completei 15 anos, fiquei presa na novela da Maria Mercedes e nunca mais saí. Te contar, viu?

quarta-feira, 20 de abril de 2016

O lado de Lah do "bela, recatada e do lar"




E aê povo lindo!!!

Como é que tá? Tudo beleza?

Tudo beleza, até que...


Parece título de folhetim do século XIX, mas... Não. Isso foi publicado no dia 18 de Abril de 2016.

Houve toda uma discussão no "saite feices" por conta dessa matéria. Uns contra Marcela, outros a favor de Marcela.

O que eu penso sobre isso? 

Bem, se ela é feliz e foi escolha dela, ótimo. Essa é a pegada do negócio, né? Nessa altura do campeonato, nós, mulheres, as pessoas que durante séculos, tinham apenas a função de limpar a sujeira dos homens, cozinhar a comida dos homens, abrir as pernas pra piroka dos homens e parir os filhos dos homens... Olha só! HOJE, nós temos o direito de ser a porra que a gente quiser. 

Não é fantástico isso?

É, deveria ser. Mas ainda tem gente (e revistas), que insistem em dizer como deve ser uma "mulher de verdade". E essa mulher de verdade, é Marcela Temer.

A questão aqui não é a escolha de Marcela. Como eu disse, a gente pode escolher ser o que quiser. A questão é que sempre somos alvo de críticas quando escolhemos NÃO ser Marcela.

Bela, recatada e do lar...

De que tipo de beleza nós estamos falando?

Eu vivi anos sofrendo porque sempre fui muito magra e a sociedade me dizia que eu deveria ter o corpão. Quando eu arrumei meu primeiro namorado, a justificativa dele para ter me escolhido como namorada era a seguinte: "É bem mais fácil colocar um corpo numa mulher com cérebro, do que um cérebro numa mulher com corpo." OU SEJE, ele queria namorar uma mulher inteligente, de bom caráter e boa educação, mas ela precisava ter o corpo de uma Panicat. E assim, eu passei seis anos da minha vida com uma pessoa me mandando ir pra academia e dizendo que eu estava com a barriga grande e qualquer hora dessas ele arrumava outra e eu não ia saber porquê. E, olha só, ele não queria saber se eu estava feliz com o corpo que eu tinha. E eu estava, porque finalmente consegui ganhar alguns quilinhos e vestir tamanho 38. Porque não é nada fácil encontrar roupa legal pra uma mulher de 19 anos e que pesa apenas 39 quilos.

E durante muito tempo, foi muito difícil me aceitar e ao meu corpo, mesmo ouvindo de outros homens que eu era linda, gostosa and maravilhosa, sem ter ido à droga da academia, sem ter feito lipo na barriga, mesmo sendo a mesma pessoa.

O que é ser recatada?

É não vestir roupa curta? É dar só pra um homem a vida toda? É não ingerir bebida alcoólica?
Adoro vestidos longos, acho bonito e elegante. Perdi minha virgindade aos 25 anos com o meu primeiro namorado, porque eu achei que deveria ser assim. Depois de seis anos com o primeiro, namorei oito meses com o segundo E último namorado. Hoje estou solteira. Sempre torci a cara pra bebida alcoólica. Sou uma mulher recatada?

Bem, a não ser meu gosto pelos vestidos, que continua o mesmo, descobri que fico linda num shortinho. Não me arrependo de nada do que fiz na vida, de nenhuma de minhas escolhas, mas esse negócio de esperar tanto tempo pra saber o que é sexo atrasou um pouco a minha vida... E não. Eu não tô falando dos 25, eu tô falando dos 32. Então, se eu fiquei seis anos com o mesmo cara... façam suas próprias contas. Eu sou de humanas.

Hoje eu visto meu shortinho, saio com minhas amigas, adoro tomar uma cervejinha e, FINALMENTE, descobri as maravilhas da liberdade sexual. Se isso é não ser recatada, prazer EU.

Ai, gente... me dá até preguiça de comentar essa "do lar", porque essa eu não sou meixmo.

Mas já fui.

Por isso, obrigada God, por ter me livrado desse castigo, porque a expressão "do lar", sempre me remete à lembrança de um homem esparramado no sofá, enquanto eu lavo louça, faço o almoço, lavo as cuecas com freada, limpo a casa e de noite, quando eu deito pra dormir e caem lágrimas dos meus olhos porque meus pés estão latejando de dor por ter passado o dia feito uma escrava doméstica numa casa de duas salas, três quartos, quatro banheiros, cozinha e uma cachorrinha de dois meses doente, o cara vira pra mim e diz que eu tô com frescura.

Minha mãe NUNCA me criou dizendo que afazeres domésticos são responsabilidades apenas da mulher. E o que a mãe da gente diz, a gente tem que respeitar.

Eu já falei tudo o que eu penso sobre isso nesse post aqui. Mas, resumindo: quem não tem a capacidade de lavar um prato depois de comer, não merece meu crédito.

Essa é a minha visão de tudo. Já fui Marcela e me sentia eternamente sufocada. Quando deixei de ser, comecei a viver de verdade.

E, em todo o tempo em que escrevi esse texto, me lembrei de tantas mulheres maravilhosas que eu conheço e que vivem e são como eu. Que usam roupa curta, que saem pra beber com as migas, que dançam, que sorriem, que beijam, namoram, casam, tem filhos e sempre serão dignas.

A mulher pode ser o que quiser. Se tem uma coisa que mulher pode é poder.

E eu não sou obrigada a nada.

NA-DA.

terça-feira, 29 de março de 2016

O Lado de Lah da trouxa



O homem é um ser desgracento.

Eu já comecei outro post com uma frase parecida, mas eu tava falando da humanidade em geral. Agora eu tô falando só do homem mesmo. É, aquele que tem uma piroka no meio das pernas e acha que é ela que rege o universo.

E mulher... ah, mulher é bicho besta.

Porque mulher gosta dessa peste, porque mulher ajuda, cuida quando tá doente, faz comida, limpa, lava cueca cagada, faz massagem no pé, leva café na cama, passa perfume, coloca lingerie de renda... e homem faz o quê? Ele mente, ele trai, ele engana, ele te nega um carinho, ele te faz sofrer, ele desgraça sua cabeça até você ter que tomar Lexotan, enquanto ele tem o mais doce sono dos justos.

Tá gente... não vamos generalizar... há os que se salvam ainda.

Na verdade, eu vou ser mais justa e deixar claro aqui que esse tipo de homem descrito acima, é mais facilmente atraído por um tipo específico de mulher: a Trouxa. Entre elas, essa gata aqui que vos escreve.

Em duas semanas seguidas, duas amigas minhas, dois jumentos batizados que se acharam no direito de fazer o que bem quiser com o coração delas.

Cara.

Fazer comigo eu encaro numa boa (mentira. Encaro não. Sou de câncer). Agora... fazer com amiga minha. Doido. Doido. Doido. O cão sai da garrafa. Eu vou pra cima "meixmo". Tô nem aí se a gata volta com o imbecil depois. É minha amiga e eu vou por ela. E quando elas são realmente minhas amigas, elas entendem e até me agradecem por isso.

A mulher meio que tem que se unir nesse negócio aí, hein? Quem esses palhaços pensam que são, hein? Hein?

Essa última amiga é bem mais próxima de mim. Inclusive já até ganhou post exclusivo no blog antigo. Ela já sofreu muito por amor. Desde que se entende por gente, ela diz. E assim como eu, ela se entrega, ela se doa, ela ajuda, já dormiu em chão de hospital por causa de namorado, já arrumou trabalho, emprestou dinheiro, o carro, foi motorista, babá, tudo.

E agora ela diz que tá cansada.

Sim, a gente cansa. Mas não tem como a gente se impedir de gostar de alguém de novo. Porém, a gente tem que aceitar que a gente é assim, amiga. A gente gosta, a gente se envolve, a gente se apaixona. A gente sonha, a gente faz planos, a gente acha que é o cara certo, a gente acha que vai ser pra sempre.

Fia, a gente acha.

A gente acha né pouco, não.

E aí? A gente vai sofrer por causa disso? Vai morrer porque somos assim? Não. A gente não tem coração de pedra, nem vamos conseguir ter nunca.

Quando meu primeiro ex terminou comigo, ele apenas chutou um cachorro morto. Depois de ter passado por tantas situações difíceis com ele, no momento mais difícil da minha vida, de nossas vidas, ele me deixou e ainda me pediu pra eu continuar a ajudá-lo e foi isso que eu fiz. Engoli meu sofrimento e fui ajudar a diminuir o dele. Isso significou alguma coisa pra ele?

Não.

Eles não estão nem aí. Eles querem é usufruir. Veem até como uma obrigação nossa. Então, o máximo que eu acho que ainda dá pra gente fazer é... segurar um pouco a vibes Boa Samaritana and Madre Teresa de Calcutá. 

Ir curtindo com calma, sem se jogar de vez, conhecendo a pessoa e tals...
Sem essa história mentirosa de "não vou me envolver". Mulheres como a gente, se não se envolve é porque não gosta da pessoa, se a gente não gosta da pessoa, não fica com ela e evita todos esses problemas que me levaram a escrever esse post.

A gente sempre se envolve, mas eu hoje, por exemplo, quando vem em mim a vontade de resolver a vida da pessoa eu fico mais uns cinco minutos na minha e me faço alguns questionamentos...

1. Essa pessoa pode resolver sozinha?
2. Ela vai morrer se eu não ajudar?
3. Alguém da família dela vai morrer se eu não ajudar?
4. Eu vou morrer se não ajudar? (Essa é a mais importante)
5. Essa pessoa já deu demonstrações de que realmente merece?
6. Eu vou me ferrar por causa disso?

Isso vale tanto pra pegar um copo d'água como pra fazer um plano de negócios ou alavancar a carreira do cara.

Até que, pra mim, tem dado certo.

Eu sei exatamente o que você está sentindo, amiga. Mas você não tem culpa de nada. Você fez o seu melhor e merece os parabéns, merece meu respeito, dos nossos amigos, merece um Globo de Ouro, Um Grammy, um Oscar, duas caipifrutas e um milhão em barras de ouro que valem mais do que dinheiro.

E esse cara... essa peste merece ficar exatamente no mesmo lugar em que você o deixou.

O mundo dá muitas voltas.

A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

E é como diz aquele ditado...

"Amor só de mãe, paixão só de Cristo e quem quiser me amar que sofraaa". 

domingo, 27 de março de 2016

A Fênix



Há uma chama que queima meu corpo
Um arrepio me desce, pela nuca
Mas o fogo não me machuca
Ele arde, me acordando de novo.

Um tremor toma conta de mim
Minhas pernas querem fraquejar
O meu peito sufoca e assim
Eu me sinto quase desmaiar.

Tua voz traz de volta os sentidos
O teu cheiro me deixa desperta
Meu amor, o que fazes comigo
Me desprende, me solta, liberta.

Tua língua encostando na minha
O meu corpo encostando no teu
Meu suor, no suor do teu corpo
Nossos olhos, se olhando, amor meu.


                                       Lanussa Ferreira

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

2015, o pior ano... não, pera



Oi, gente linda!!!

Tá tudo bem por aí? Já se recuperaram do Carnaval? E o Ano Novo? Como foi a despedida de 2015? Hahaha, eu como sempre, atrasada nos posts. Prometo melhorar em 2016. 

Mentira.

Sim, voltemos ao que interessa.

2015 foi o ano que mais rendeu piada, né? 2015, o pior ano, o ano que trollou todo mundo. Vamos todos ficar presos em 2015, pra sempre, igual à Caverna do Dragão...

2015 também foi um ano bastante peculiar pra mim. Antes de tudo, como boa canceriana que sou, me vi apegada a um romance que já começou fracassado, por não ser o que eu desejava pra minha vida. Tudo isso, por não me achar boa o suficiente pra ir em busca de algo melhor. Enfim. Cancela essa vida. Partimos pra outra.

O negócio é que, a covardona aqui criou coragem de ir à luta em busca da sua felicidade. Não é fácil. Tem muita gente que não transa, infeliz por aí, tentado empatar a vida alheia. Tsc, tsc, tsc... Preguiça. Vamos pular essa parte.

Em um ano, amadureci uma vida inteira. Não me deixo mais intimidar por nada, criei sangue no olho, quem manda nessa porra agora sou eu! Só faço o que me deixa feliz. Egoísta? Sim. Totalmente.

Quer saber? Pra mim, foi o melhor ano, ever. Por que? Porque foi o ano do meu renascimento. Lembra daquela Fênix cheia de glitter rosa, lá do início deste humilde blog? Pois é, foi lá mesmo que tudo começou.




Em 2015, aprendi que ninguém morre de coração partido, embora tenha praticamente certeza de que é isso que vai acontecer.

Aprendi que não preciso de ninguém pra resolver os meus problemas. Principalmente, se tudo é jogado na minha cara depois.

Aprendi a fazer amizades. 2015 me deu de presente as melhores pessoas, que me fazem rir, que me consolam, que me botam pra cima, que me aceitam como eu sou, sem julgamentos, sem falsos pudores. QUEM NUNCA teve amigos assim, não sabe o que tá perdendo.

Em 2015, aprendi a praticar o desapego, a descartar o que me faz mal, o que me deixa triste, o que me incomoda. Seja gente, seja roupa, seja aquele sapato que ganhei em 2008. Vai pra lá! Te quero aqui não.

Foi um ano em que aprendi a enxergar relacionamentos abusivos, seja com namorado, com amigos, com parentes, com o chefe.

Ah, namorados...

Se o seu namorado te grita, mandando você morrer, ele não deve ser mais seu namorado. Se ele não gosta ou não sabe tomar banho, também.

#ficaadica

E foi em 2015 que eu também aprendi que não preciso estar com alguém pra ser feliz. Que não preciso de ninguém querendo saber onde eu estou, com quem estou, o que estou fazendo, porquê não atendi o celular, porquê respondi o Whatsapp só 10 minutos depois, porquê atendi com "Oi" e não com "Oi, meu bem", porquê não botei a droga do celular dele pra carregar às 4 horas da manhã, quando fui ao banheiro quase dormindo... Enfim, vocês entenderam, né?




Aprendi a ser feliz sozinha, mas isso quer dizer que quero ficar sozinha o resto da vida? Tipo, não.

Mas quero alguém que me dê paz, que pergunte como foi meu dia, que pegue na minha mão, que me leve pra tomar um sorvete, elogie a minha roupa e diga que meu cabelo está super hidratado. Só isso.

É pedir demais? Num é pedir demais.

Em 2015, gente, aprendi que sexo é muito bom. Tipo, sempre. E não só uma vez na vida e outra na morte. Sim, foi só em 2015 que eu aprendi que isso tem que ser bom pros dois. Que se eu não quiser, eu não sou obrigada, não sou frígida, não sou "a que não gosta de sexo", "a que tem problemas". Aprendi que posso ser ouvida pelo outro, que posso dizer o que gosto e o que eu não gosto, que posso dizer o que quero e o que eu não quero, que posso ser prioridade, olha só! 

Aprendi a aceitar e a gostar do meu corpo novamente. Que não é porquê UMA única pessoa te diz que seu corpo não é bonito, que isso é verdade. Essa pessoa é que tem problemas, não você. Aliás, essa pessoa precisa se olhar no espelho primeiro, antes de olhar pro corpo alheio.




2015 me ensinou a me valorizar como pessoa. Enfim, eu sou o que sou e adoro ser assim. Quem não gostar, compra uma Barbie.

Em 2015 eu viajei, curti, sorri, fiquei bêbada com uma dose de tequila, namorei, conheci pessoas novas, me amei, me diverti, fiquei puta da vida, gritei, agredi uma pessoa fisicamente, tá, deixa pra lá, vamos mudar de assunto, fiquei linda, fiquei feliz, tá tranquilo, tá favorável, que venha 2016.

É isso aí pessoal!

Diga tchau, Lilica!




Tchau, Lilica.